quinta-feira, 21 de novembro de 2013

O scat AINDA não é visto como uma prática social. Ainda!


 Fazia tempo que não atualizava o blog. Muita correria no serviço, admito. Tempo escasso. Cada minuto vale ouro hoje em dia. Mas conheci nesta tarde uma pessoa na NET e começamos a falar sobre scat. O bate-papo produtivo me fez driblar a falta de tempo e dar uma passadinha aqui. Vou, inclusive, usar as palavras de uma outra amiga de Facebook para o post de hoje.

Escreveu ela: "segundo Freud, a culpa pelo nosso sofrimento nao é dos nossos desejos, mas sim das barreiras sociais e religiosas, pois elas nos fazem sublimar aquilo que realmente somos. Nossa natureza é animal, livre, cheia de desejos. Porém, aos tentarmos nos moldar àquilo que é moralmente aceito, nos tornamos seres sociais, artificiais, meros reflexos pálidos de nós mesmos.

E por isso adoecemos. Criamos dentro de nós travas para bloquear nossos desejos, e essas travas nos envenenam, nos entopem, nos intoxicam. Para alcançar a cura, precisamos nos libertar, e aceitar nossos proprios desejos e fetiches! O BDSM (diz ela) é, ao meu ver, uma forma saudável e social de adequarmos nossos desejos ao mundo real, dando vazão àquilo que queremos ser, sem perder de vista, aquilo que somos obrigados a ser. Então, que viva a liberdade!!"

Moça muito culta, escreveu muito bem. Porém, ela disse uma coisa importante. Ela colocou o BDSM como uma forma social de adequar os desejos ao mundo real. Sem dúvida, é. Já o scat, não. A sociedade é extremamente conservadora. Infelizmente. 

As pessoas aceitam que existam apreciadores do BDSM, que gostam de levar um tapa, sentir dor de várias maneiras, receber cera de vela quente, levar chicotadas, palmadas, pisadas, etc. Mas não aceitam em hipótese alguma a possibilidade de alguém gostar e se excitar com fezes, cocô, merda, bosta.

Uma pena. Repito: quando éramos praticamente quadrúpedes e o homem da idade da pedra andava curvado até o chão, era prática comum você cheirar o sexo da pessoa. Era uma forma de identificar. Estava próximo ao nariz, como acontece com os cães. E como o ânus fica mais proeminente do que a genitália, era a parte mais fácil de cheirar e identificar os semelhantes. Os cães ainda agem assim, por razões óbvias. O ser humano, a meu ver, involuiu.

Quando os cães fazem isso, praticam um instinto animal, primário, que todos temos guardados dentro de nós. No entanto, mesmo com tal atitude canina, quem gosta de cachorro não deixa de gostar por fazerem isso e muito menos os reprimem e acham nojentos. Pelo contrário (e eu também tenho cachorro), os cães são as criaturas mais leais e fiéis que existem neste mundo.

Pois bem. Talvez, usando esse argumento, consigamos convencer a raça humana de que cheirar cu e cocô são práticas extremamente comuns e saudáveis. E que, nem por isso, passaremos a ser repugnantes, nojentos. Nem deixaremos de ser leais, carinhosos e amorosos com aqueles que amamos.

Aliás, aqui tem uma entrevista científica e esclarecedora que explica que o cocô é muito saudável em nossas vidas. http://globotv.globo.com/rede-globo/programa-do-jo/t/videos/v/flavio-quilici-participa-do-programa-do-jo/2944788/

Acredito que ainda viverei para ver a prática do scat se tornar aceita socialmente, livre de preconceitos, de julgamentos e de olhos tortos. Assim espero. Um abraço. Lembrem-se: mantenham contato. Um cheiro no cu!

Skype: amocheirarmerda@hotmail.com