segunda-feira, 13 de outubro de 2014

Afinal, mulher gosta de scat?



Pois é... uma pergunta muito difícil de responder. Mas, a julgar pelos 12 anos que tenho de pesquisa na área, arrisco: não gosta tanto quanto os homens. E, se realmente gostam, são exemplares raríssimos da humanidade. A reportagem da Natasha Vilarino no site Xplastic mostra isso.

Ela entrevistou uma "atriz pornô" de scat. A moça revela que gosta apenas do dinheiro e não da prática. Como 90% das atrizes da MFX. Algumas bem conhecidas até. Latifa, Camila, Leslie, Chris, Sabrina, Jade, Silvia, Josie, Karla, Diana, Dyana, Thatty, Leticia Miller (uma das precursoras), Bel, entre tantas outras que podemos ver nos filmes brasileiros da categoria.

Destas que citei, muitas efetivamente faziam os filmes pelo cachê, que, estima-se, chegava a mil e quinhentos reais por uma diária de gravação. Algumas sempre demonstraram gostar mais de scat como a Bel, Josie, Karla, Jade e Silvia. Estas duas últimas sim, verdadeiras apreciadoras de um bom cocô.

Já os filmes alemães aparentam mais veracidade. As mulheres e homens geralmente gostam da prática, pois é mesmo mais comum em território alemão (gostaria muito de morar lá!). É o que comprova um amigo meu, paranaense, que disse que encontrou uma garota em Santa Catarina, de família alemã. Ela confirmou a esse amigo que os alemães têm esse gosto sexual. Logo, uma prática relativamente frequente na terra do salsichão.

No mais, achar uma mulher que curta mesmo a prática, com todo o tesão, é muito difícil. Estou conversando com uma brasiliense e, pelo teor do papo, essa parece realmente curtir. Isso me deixa excitado, confesso. Melhor do que encontrar uma mulher para a prática, é encontrar uma mulher que sinta muito tesão nisso.

Ainda não nos encontramos por causa da distância (moro em SP), mas tenho certeza de que, uma hora, vai acontecer. Também tive contato com outras duas mulheres que me forneceram e bem. No entanto, nunca, em 12 anos, conheci mais mulheres que gostassem de verdade de scat. E, convenhamos, três mulheres em 12 anos é muito pouco!

Evidentemente, ninguém (nem eu!) sai por aí falando que gosta de sexo com cocô, seja dando ou recebendo ou ambos. Mas, se essas pessoas existissem, estariam em comunidades da prática. Ainda que com perfis fakes, poderiam se fazer presentes e, depois, revelarem suas identidades apenas aos parceiros nos encontros.

Mesmo assim, a presença feminina nestas comunidades é raríssima. Praticamente inexistente. O que existem são fakes masculinos, gays disfarçados de mulheres, bissexuais masculinos e homossexuais que ainda não se assumiram. Há também muitos curiosos que aparecem para atrapalhar as conversas e nos chamarem de malucos e débeis mentais. Mulher de verdade mesmo, nada. Até no BDSM o scat é uma prática vista com desconfiança e preconceito. E isso precisa mudar.

Desejo, do fundo do coração, que os amigos que realmente curtem a prática tenham boa sorte na procura. Que não desistam, apesar das inúmeras adversidades. E que perseverem até encontrar um parceiro ou parceira que realmente valha a pena no quesito scat. Força, foco e fé! Um dia, este jogo vira! Um abraço e um cheiro no cu.

skype: amocheirarmerda@hotmail.com

segunda-feira, 6 de outubro de 2014

Entrevista completa sobre scat que dei ao site Xplastic

Amigos, como disse que faria, hoje vou postar aqui a entrevista completa que concedi à jornalista Natasha Vilarino, no portal Xplastic. Na reportagem sobre scat, participei com algumas declarações. Porém, foram várias perguntas respondidas, cujo conteúdo, por razões de espaço, não entraram na íntegra. Publico aqui para que vejam minhas respostas às questões. Para cada pergunta e resposta, coloquei uma foto.

A reportagem está no link: http://xplastic.xpg.uol.com.br/o-que-pensam-aqueles-que-tem-tesao-por-merda/

Um abraço e um cheiro no cu. Meu Skype: amocheirarmerda@hotmail.com


1) Qual a primeira lembrança, talvez ainda na infância ou adolescência, que você tem de gostar de scat? Como você se sentiu diante do fato de que a sociedade considera isso nojento e errado?

R: Bem, como disse numa outra entrevista, são vários fatores que podem levar alguém a gostar de scat. Alguns gostam de se sentir humilhados, outros gostam de comer, outros gostam do cheiro e ainda há os que considerem o scat a coisa mais íntima que uma pessoa pode receber de outra já que, via de regra, costumamos fazer cocô reservadamente, sem que ninguém veja. Na verdade, até o ânus é uma parte escondida do corpo. Não se vê a olho nu. É preciso que, pelo menos, as nádegas da pessoa sejam abertas para que possa ser visto. Ou seja, a intimidade é algo relevante nisso. O "escondido", o "proibido" talvez aumentem essa sensação de intimidade. Freud, pai da psicanálise, diz que, nesse caso, o cocô seria uma espécie de presente. Algo que a pessoa oferta à outra. Muito íntimo, já que sai de dentro dela. Já o Marquês de Sade diz que o proibido, a quebra de regras, a afronta às normalidades e ao que a sociedade considera correto também excita mais nesse caso. Ainda assim, defendo a tese de que, mesmo que seja necessário acontecer algo na infância ou adolescência ou mesmo na fase adulta de uma pessoa para que ela goste de scat, quem gosta disso, nasce com esse gosto. Eu, por exemplo, não me lembro de nenhum episódio que tenha feito com que gostasse de scat. Desde que me conheço por gente, sinto tesão nisso. Desde criança mesmo, com 7 ou 8 anos. Nessa idade, inclusive, cheguei a cheirar a bunda de um amiguinho meu para ver se gostava e só confirmei que adorava cheiro de cu e de cocô. Esta é a primeira lembrança, sem dúvida.

Quanto ao meu sentimento com relação à sociedade achar isso nojento, tenho, também uma filosofia importante. O problema não é as pessoas terem nojo de scat. Isso é normal. cada um tem um gosto e ninguém é obrigado a gostar do que a outra pessoa gosta. tem gente que adora cuspe, chulé, vômito. Eu detesto. Também tenho nojo. Então o problema não é o de não gostar da prática e sim julgar os praticantes. Eu não acho que quem goste de vômito, cuspe e chulé seja louco, por exemplo. Esse julgamento é que não pode ter. Achar que o scater é um débil mental, doente, fora dos padrões. Eu sou extremamente normal, me considero inteligente, sou jornalista, aoareço em TV, escrevo textos, saio com amigos para tomar uma cerveja, gosto de cinema, pizza, vinho, etc. E gostar de scat não faz de mim um sujeito maluco, de internar em clínica, colocar camisa de força. Então, a repulsa com relação à prática eu vejo com naturalidade. O que me entristece é o julgamento que as pessoas fazem de quem pratica. Além da tristeza, sinto-me impotente, pois queria ter alguma ferramenta para mudar isso, fundar um clube, ter um apoio melhor, incluir os scateiros na sociedade de modo natural, sem julgamentos. É isso que tento com meu blog (http://scatsexo.blogspot.com) e também concedendo estas entrevistas, para que as pessoas leiam e saibam que somos normais, apenas temos um fetiche particular. Mas mudar essa mentalidade é algo muito complicado e ainda distante. Mas, aos poucos, acredito que as coisas possam mudar. Tudo evolui. É preciso acreditar que as mentes conservadoras também podem se abrir a novas ideias e eliminar tabus.

2) Como e quando foi sua primeira experiência com uma parceira?

R: Pesquiso o assunto há 12 anos. Hoje tenho 34. Com pouco mais de 25, fiz pela primeira vez com uma garota de programa. Como receptor, eu gosto só de receber o cocô. Ela fez em mim. Foi pouco. O cu, como ela tem que lavar para os clientes, não estava fedido como eu gosto. Não curti. Foi visível que ela fez por dinheiro e scat tem de ser feito por prazer. Ou se gosta ou não. Se não gosta, não faça. Fica artificial, nada íntimo.


3) Atualmente, quem sabe que você é scater? Já cogitou se "assumir" para família e amigos?

R: Procuro pessoas na internet com interesses comuns. Logo, alguns amigos virtuais sabem que sou scater. Uma amiga do interior de SP com quem fiz scat também sabe, obviamente e uma da capital, com quem também fiz e perdi o contato. Minha esposa também sabe, mas como a próxima pergunta sobre ela, vou responder em seguida. Nunca cogitei me assumir para a família. Meus pais já são idosos e meus irmãos todos mais velhos. São de gerações mais antigas. São muito conservadores, como a maior parte da sociedade pseudo-moralista. Para alguns amigos que entendo que são mais mentes abertas, até assumiria, desde que perguntassem e eu sentisse antes a receptividade deles com relação a isso. Com alguns já conversei a respeito em rodas de conversa, sobre fetiches e mencionei esse. Quando fizeram cara de muito nojo e falaram que quem faz isso é maluco, nem contei. Não sou de ferro e necessito de círculos sociais para viver em harmonia. Porém, deu vontade de falar sobre o falso moralismo e a mania de julgar das pessoas.


4) Você é casado? Já pensou em propor a prática de scat à sua atual companheira? Como foi?

R: Sou casado há 4 anos. Sem filhos. Ela sabia desde que namorávamos. Nunca quis fazer. Ela acha que é uma humilhação pra ela, mesmo que quem receba sou eu. No entanto, sempre permitiu também que eu procurasse e fosse atrás de quem pratica e quem possa fazer comigo, já que ela não faz. Somos felizes assim. É difícil às vezes, confesso. Hoje, o amor fala mais alto. Mas não sei se resiste para sempre. Dá muita vontade de ter uma companheira que faça. Mas também, é muito difícil achar uma mulher assim. Se achasse, aí seria complicado... hehehe.


5) Você gosta apenas de mulheres, certo? Já sentiu algum tesão por merda/peido/cu de homem, tem nojo ou é indiferente para você?

R: Sou hétero. Mas encontrar mulheres que realmente curtam fornecer scat é muito, muitooooo difícil. Vejo o scat como um elemento do sexo. Ele excita ainda mais também para que possa fazer na mulher um sexo oral e o sexo convencional. Diante da escassez de mulheres (ou da dificuldade de encontrá-las), fiz apenas uma vez com homem e uma com travesti. Com homem foi um cara do Rio de Janeiro que estava aqui em SP. Ele tinha a bunda bem carnuda e depilada. Ele se ofereceu. Insistiu tanto que aceitei. Ele disse que só queria me dar cocô e queria q cheirasse o cu dele. E foi o que fizemos. Cheirei o cu que ele deixou fedido meio sem limpar. Depois ele cagou na minha boca uma merda dura e marrom escuro. Gosto dessas. Eu lambi, cheirei e me masturbei. Gozei e foi isso. Com travesti, se for bonita, bem parecida com mulher, até que vai. Bunda lisinha, cu lisinho. Mas, mesmo assim, não dá o mesmo tesão que dá cheirar o cu e receber o cocô de uma mulher. Ou seja, merda, peido ou cu de homem não me dá nojo. Nem tesão. Simplesmente é indiferente.





6) Já pensou em estar ou já esteve do outro lado, ou seja, sendo fornecedor? A ideia te excita?

R: Já pensei e a ideia não me excita em nada. Muito homem vem na internet e pergunta se forneço. Não forneço, não me vejo nessa situação, não curto e a simples ideia de fornecer me brocha. Não tenho tesão nisso. Cada um tem um perfil e um gosto. Realmente, sou apenas receptor. Tem quem seja só fornecedor. E tem quem goste dos dois: dar e receber. Eu só recebo.


7) Muitas pessoas associam a recepção de scat a aspectos da submissão do BDSM, com você é assim? Por exemplo, você se sente humilhado ou dominado quando uma mulher defeca em você?

R: Não e não gosto de ser dominado nem humilhado. Como disse anteriormente, para mim, scat é um elemento de excitação sexual. De tesão. Logo, gosto que seja feito com carinho, como um presente mesmo, como uma prova máxima de intimidade e não como uma subjugação de alguém com relação a mim. Eu gosto de comandar as ações. O homem costuma ser "ativo" na relação hétero. É assim que sou. Gosto de receber com carinho, com palavras safadas, escatológicas, como a pessoa me perguntar se tá gostoso, se tá fedido como eu imaginava, se o cheiro tá me excitando. Mas com carinho. Nada de orbigações, humilhações, amarras, algemas, chicotes, correntes, ficar de 4 que nem cachorro, nada disso. Porém, há quem goste disso para se sentir assim mesmo, como você descreveu na pergunta. Não é meu caso. Para mim, scat é prova de máxima intimidade. E só!


8) Conte brevemente qual foi a experiência mais perfeita que você já teve com scat. Se ainda não teve, como ela seria?

R: Dentre as que tive, com essa amiga do interior foi a melhor. Ela deixou o cu sem lavar uns 2 ou 3 dias. O cheiro estava uma delícia, como eu gosto. Ela não conseguiu fazer cocô diretamente em minha boca. Porém, enfiei o dedo no cu dela várias vezes e peguei o cocô que estava na "portinha". Recebi peido também. Adorei. Cheirei o cocô, lambi, esfreguei no pau, na cara, no nariz. Engoli até um pedacinho. Foi ótimo.


9) Há elementos na aparência ou na personalidade de uma mulher que te deixam com vontade de receber scat dela?

R: Os mesmos aspectos que qualquer homem vê quando quer transar com uma mulher. Olha se é bonita, gostosa, se sabe conversar, etc. Eu olho muito a bunda. Para alguém que gosta de scat, nada como receber de uma bunda bonita, grande, redondinha, carnuda, toda em cima, no lugar, lisinha. Morena ou branquinha, tanto faz. Mas tem que ser formosa. Isso na aparência física. Mas no scat, tambpem queremos que a mulher fique sem lavar o cu para que ele fique com cheiro gostoso. De cu fedido mesmo. Sem isso, o scat também fica xoxo. Outro aspecto: mulher inteligente e safada me excita normalmente. Então, receber o scat de uma mulher bonita, inteligente, safada, gostosa e bunduda deve ser a coisa mais maravilhosa do planeta.


10) Você já sofreu preconceito ou ouviu coisas maldosas por gostar de scat? Como você se defende disso?

R: Bom, não costumo sair aos quatro ventos contando a todo mundo que gosto de scat. As pessoas que sabem são poquíssimas. Até por isso, eu não sofro diretamente esse preconceito. Porém, a entrevista que dei a um outro site foi um termômetro sobre este assunto. Recebeu mais de 50 comentários e pouquíssimos positivos com relação à prática. Muita gente sente nojo. Até aí, já disse, tudo bem. O problema são os que nos julgam e chamam de doentes, débeis mentais. Me defendo sempre tentando divulgar minha rotina, o que faço, meus hábitos para as pessoas verem que sou como elas. Apenas tenho um fetiche, um gosto particular, que pode até causar estranheza, mas é meu gosto. E com gosto não se discute. Se aceita a pessoa como ela é. Com sua mentalidade e sua maneira de agir e gostar das coisas.



11) Você disse que prefere não engolir. Mas mesmo mastigando ou tocando, há riscos? Como você se previne desses riscos?

R: Sempre há riscos. O cocô tem bactérias. Mas, algumas são até saudáveis. De qualquer forma, qualquer ingestão, por menor que seja, deve sempre vir acompanhada de cuidados. Em geral, a higiene básica ajuda bastante. Lavar bem as mãos e o pênis depois, escovar os dentes, são coisas mais do que necessárias. Para uma melhor higiene, é fundamental passar álcool nas partes que entraram em contato com o cocô, principalmente as mãos que tocam a comida e a levam à boca, às vezes. Leite de colônia e álcool com cravo tambpem ajudam a tirar um cheiro mais residual. E, para quem engole bastante, tomar vermífugo antes e depois da prática é algo que ajuda a combater possíveis doenças. Ainda assim, algumas podem ser contraídas, como hepatite, que, nessa prática, é a mais perigosa.


Por último, uma dúvida: estou procurando por scat no Fetlife, mas não encontro nenhuma comunidade brasileira. Você sabe se existe? Que outras comunidades, pode ser de qualquer rede social, você me indicaria?

R: Antes de responder essa pergunta, quero aproveitar o espaço e deixar meus contatos. Para quem quiser saber mais sobre a prática, acesse meu blog http://scatsexo.blogspot.com. Não é sempre que consigo atualizar, mas já tem um material bacana para quem curte dar uma olhada. Também quero deixar meu Skype amocheirarmerda@hotmail.com para quem quiser entrar em contato comigo. Desde encontros até tirar dúvidas ou mesmo papear.

Para quem for sério mesmo, revelo minhas identidades verdadeiras. Mas isso só com o tempo. A gente amadurece nas conversas via Skype. E para finalizar, quero dizer que ainda vou realizar, um dia, o sonho de abrir um clube só de scat, assim como existem clubes fetichistas em São Paulo. Um dia, erguerei o Scat Club Brasil! Aguarde! hehehe

E, para terminar, quero dizer que possuo uma coleção de vídeos de scat, com mais de 5 mil itens e que, quem quiser conhecer, podemos marcar um encontro também. Quero agradecer o espaço dado para esclarecimentos acerca da prática do scat. Muita gente tem dúvida e tem vergonha de perguntar. Então este espaço é fundamental para esclarecimentos e, claro, para a divulgação do tema. Obrigado!

Com relação ao Fetlife, é mais uma rede social internacional mesmo. Pouca gente conhece, principalmente do Brasil. Existem alguns grupos no Facebook, no qual mantenho também um perfil: https://www.facebook.com/leon.scat

Mas são coisas pouco sérias ou também comandadas por estrangeiros. Nada que reúna um grupo bacana, brasileiro, forte, feito realmente por amantes de scat, para disseminar a prática. Como todo mundo (e eu me incluo) tem receio de assumir publicamente o gosto pelo scat (eu assumo sempre que me perguntam - quase ninguém pergunta, por isso quase ninguém sabe), é mais difícil fundar grupos e clubes, pois isso exige comprometimento, seriedade, respeito pelo tema e, até certo ponto, que se assumam as reais identidades. E não é todo mundo que faz isso. Espero ter ajudado e contribuído para a evolução das mentes das pessoas. Obrigado!


sábado, 27 de setembro de 2014

Mais uma reportagem sobre scat


Quero compartilhar com os amigos do blog uma coisa muito positiva. Depois daquela entrevista que concedi ao site Pergunte a uma Mulher, algumas pessoas me procuraram para falar sobre scat. Entre elas, uma jornalista chamada Natasha.

Ela escreve no site Xplastic e me convidou a participar de mais uma reportagem sobre o assunto. Natasha entrevistou vários praticantes do fetiche e também especialistas em psicologia e em saúde para falar do tema.

Ainda fez uma entrevista em vídeo com uma atriz de scat, contratada algumas vezes por Marco Fiorito, o grande criador da MFX. A atriz revela o que nós, scaters, estamos cansados de saber. Elas só fazem a prática em filmes e pelo dinheiro. Segundo a moça, o cachê cehgou a R$ 1.500,00 por um filme.

Fico muito feliz que jornalistas e escritoras como a Luiza Costa e a Natasha Vilarino tenham coragem e ousadia para escrever e falar sobre o assunto, ainda tão estigmatizado e controverso na sociedade. Ambas fora a fundo em seus textos. O da Luiza, já republiquei aqui. Hoje, disponibilizo o link da reportagem da Natasha, no site Xplastic.

Ela fez comigo uma entrevista longa e usou alguns trechos no texto. Depois de lerem, disponibilizarei aqui a entrevista completa que dei a ela, também por escrito. Segue o link abaixo. Um abraço e um cheiro no cu. E lembrem-se, mantenham contato comigo pelo skype: amocheirarmerda@hotmail.com ou pelo face: https://www.facebook.com/leon.scat

Link da reportagem: http://xplastic.xpg.uol.com.br/o-que-pensam-aqueles-que-tem-tesao-por-merda/







segunda-feira, 16 de junho de 2014

Entenda o SCAT pela ótica do Marquês de Sade

O amigo Bosco Silva desenvolveu um texto que explica a paixão por SCAT sob a ótica de Marquês de Sade. O texto, intitulado "Qual sua perversão?", pode ser encontrado, na íntegra, neste link: http://infernodesade.blogspot.com.br/search?q=Qual+sua+perversão

Tomei a liberdade de reproduzir um trecho aqui, por entender que seu viés bastante interessante representa muito do que penso e sinto no SCAT. Confiram.


SEXO ANAL
Antes de nos debruçarmos sobre as particularidades da COPROFILIA, é de suma importância examinarmos uma prática sexual que, embora não considerada PARAFILIA, possuía uma grande importância para o nobre escritor francês: o SEXO ANAL.

SADE o praticava não apenas de forma ativa como passiva; e não apenas com homens, mas também com mulheres. Em Marselha, por exemplo, SADE é denunciado por três prostitutas por tê-las forçado a açoitá-lo; e depois ter praticado, em cada uma, sexo anal, enquanto ao mesmo tempo recebia em seu ânus o pênis de seu criado.


A preferência de SADE pelo sexo anal pode não apenas ser explicado por esta modalidade sexual unir tanto sadismo quanto masoquismo em uma mesma atividade sexual, quanto à certa dose de blasfêmia atribuída a ela. O que fez desta atividade o ápice de sua sexualidade, pois como bem observou Simone de Beauvoir, podemos dizer que toda a sexualidade de SADE é de teor anal; contendo, pois:

SADISMO - posto que o sexo anal provocaria dor no parceiro; seria a invasão mais completa da sexualidade de um pessoa sobre a outra; seria o máximo da intimidade sexual e da conquista;

MASOQUISMO - o sexo anal permitiria a subjugação do parceiro ou da parceira, até mesmo simbolicamente, por meio de algumas posições sexuais, representando a dominação de um sobre o outro; simbolizando a atividade de um sobre a total passividade do outro;

TRANSGRESSÃO – o sexo anal quebraria valores, principalmente valores cristãos, como a ideia de que o sexo seria permitido apenas para fins de procriação, e a ideia de que este seria antinatural.


 SADE, por meio da transgressão, transforma mesmo a blasfêmia em prazer, misturando-a ao prazer sexual; por exemplo, durante relações sexuais suas, obrigava que suas parceiras desrespeitassem símbolos cristãos.

Vale notar que, em sua época, o sexo anal, mesmo praticado de modo heterossexual, era considerado crime de sodomia, passível de detenção e mesmo de morte, tendo tal lei bases cristãs. O que certamente incluiria um atrativo a mais para SADE: o perigo. Elemento com forte poder de estimulação, pois como é sabido, ainda hoje: “O que é proibido é sempre mais procurado”.


 Tais elementos reunidos, pelo menos em parte, seriam a própria essência do desejo pelo sexo anal, como podemos ver ainda hoje em relatos de casais, em que o parceiro pretende iniciar sua parceira em tal atividade. Para muitos destes, o sexo anal é o máximo da conquista sexual, principalmente quando tal possibilidade é tantas vezes negada pela parceira, não raro com argumentos que incluem desde que tal ato causa dor, é nojento, até a afirmação de que é contra a natureza.

Negativas que só fazem aguçar ainda mais o desejo do parceiro. Principalmente em uma cultura como a nossa que privilegia como modelo de beleza mulheres possuidoras de fartas e belas bundas, chegando mesmo tal atributo tornar-se um meio de alcançar sucesso profissional ou econômico, como podemos observar acompanhando carreiras de dançarinas, ou mesmo na vida cotidiana, em que grande parte dos homens bem sucedidos aparecerem nos meios de comunicação ostentando mulheres com “belos traseiros”, tornando as nádegas femininas status social.


 TRANSGRESSÃO E PARAFILIA
Ao atribuir, revolucionariamente, à transgressão papel coadjuvante ao prazer sexual, e ao explorar ao extremo os prazeres do corpo, a transgressão terá papel fundamental no pensamento de SADE, como também em seus escritos.

Tornando-se mesmo em muitas descrições de sexo extremo, em sua literatura, o elemento fundamental, o que parece refletir bem a realidade, já que muitos desejos sexuais extremos, praticados na realidade, possuem a transgressão e o proibido como elementos fundamentais, como o sujeito que necessita da sensação do proibido, envolvendo a não permissão do outro, para excitar-se, como no caso de alguns exibicionistas que exibem seus órgãos sexuais para pessoas desavisadas, nas esquinas, em frente de escolas; em geral para pessoas estranhas ao seu convívio.


 A surpresa e a não permissão, que estão por trás de seu ato proibido, são os elementos que o excitam. Fato que não aconteceria se fosse visto por ele, ou por outras pessoas, como algo natural e permitido. A transgressão é o princípio deflagrador e excitador de tal ato.

Originando também atos modernos como comportamentos sexuais autodestrutíveis, como os praticados pelo movimento de homossexuais masculino denominado de BAREBACK, em que o prazer sexual está em transgredir normas de saúde, possibilitando assim a transmissão e a infecção pelo vírus da AIDS, por meio do relacionamento com indivíduos desconhecidos, principalmente com indivíduos já infectados pelo vírus da AIDS, sem uso de preservativo.


 COPROFILIA E SCAT
  
COPROFILIA é a atração sexual por fezes humanas; que pode ser acompanhada, muitas vezes, por COPROFAGIA; que, por sua vez, significa o prazer sexual em ingerir fezes.

Como em todas as formas de extremismos, em que uma atitude extrema é alcançada gradativamente por meio de graus menores de extremismos, o sexo anal e a anilíngua (manipulação anal por meio da língua) poderiam ser mesmo vistos como um caminho que levaria do SADISMO e MASOQUISMO à COPROFILIA, já que este tenderia a proporcionar contato com fezes humanas.


Seguindo esta linha de raciocínio, a COPROFILIA seria a culminância de um processo de associações graduais, em que, em princípio, o futuro coprófilo sentiria atração normal por nádegas, e, gradualmente, estenderia seu desejo ao ânus; em seguida, movido por meio de associações e TRANSGRESSÕES graduais, teria sua atração voltada para a defecação do ser desejado; culminando, finalmente, no prazer de manusear, cheirar, ou até mesmo ingerir fezes humanas.

Há que se levar em conta também outros elementos, como o FETICHE; uma atividade profundamente simbólica, relatada mesmo por muitos praticantes de tais atividades; em que as fezes humanas ganhariam uma proporção gigantesca de simbolismos e metáforas em relação ao ser desejado.


 E em que o contato com as fezes seria visto como “uma oferta de profundidade do interior de um desejável corpo, tornando-o muito, muito íntimo”. Seria como um canibalismo simbólico, em que o contato com as fezes, a ingestão desta, seria como a absorção simbólica do objeto do desejo em seu grau máximo de intimidade.

Há também, sem dúvida, um ato de desafio, de proibido, em tal atividade que a muitos, em si, representaria um estímulo a mais. Para alguns masoquistas o ato significaria submissão e auto degradação simbólica ao ser amado. Por isso, tal prática novamente teria um grande valor em comportamentos religiosos.


Aqui, novamente, o que para muitos seria considerado repulsivo, tornar-se-ia um ato santo quando visto pelos olhos da fé cristã, ou não seria melhor dizer: quando visto pelo MASOQUISMO CRISTÃO? Como podemos ver em alguns casos:

Santa Marguerite-Marie Alacoque (1647-90), transformava vômitos de doentes em seu alimento; mais tarde ao ingerir fezes de uma doente, declarou que tal ato suscitava nela visões, em que esta aparecia atrelada com a boca nas chagas de Cristo.


O profeta Ezequiel, foi ordenado por Deus a comer fezes humanas: “E o que comeres será como bolos de cevada, e cozê-los-ás sobre o esterco que sai do homem, diante dos olhos deles.” Ezequiel 4:12. No entanto, este ao protestar, Deus muda de ideia, porém sem mudar de método: “Vê, dei-te esterco de vacas, em lugar de esterco de homem; e sobre ele prepararás o teu pão.” Ezequiel 4:15.

Dentro de um rígido sistema moral, a transgressão passa a tornar-se um elemento fundamental, pois mesmo que a única lei que vigorasse na natureza fosse a lei da força bruta, tal lei não seria causa de perversões sexuais, já que a transgressão, como elemento principal, deflagrador da perversão, não existiria, pois para que houvesse tal elemento, seria preciso que o sujeito transgredisse leis morais.


 O que só pode existir em sociedades com definido e rígido sistema moral. Aí está a grande sacada de SADE: as perversões são frutos da sociedade. De uma sociedade que ao proibir o que é natural no homem, como o desejo sexual, acaba, enfim, por intensificá-lo. Pois, bem sabemos que tudo que é proibido é mais procurado.

Mantenham contato. Skype: amocheirarmerda@hotmail.com

sexta-feira, 9 de maio de 2014

Reprodução da entrevista que dei para o site Pergunte a uma Mulher

Tive a honra e o orgulho de ser entrevistado por uma mulher, Luiza Costa, que abriu espaço para que eu pudesse falar sobre scat em seu site Pergunte a uma Mulher: www.pergunteaumamulher.com

Abaixo, reproduzo a entrevista na íntegra e, mais uma vez, agradeço à Luiza pela coragem em abordar um tema polêmico e controverso para a maioria da sociedade. Por minha vez, tentei esclarecer perguntas e dúvidas acerca do tema e contribuir para que diminua o preconceito para com as pessoas que praticam este fetiche. Leiam até o final! Vale a pena!

Léo Scat é jornalista, repórter e apresentador de TV. Tem 33 anos, é casado e não tem filhos.
Ele aceita conversar com as pessoas pelo skype amocheirarmerda@hotmail.com e disse que, após conhecer as pessoas no skype, para aqueles que forem sérios, poderá abrir seu perfil real nas redes sociais. Quem quiser adicionar o perfil de scat dele no Facebook é: https://www.facebook.com/leon.scat
OBS: Pessoas que forem ler, preparem o estômago, mas prometo que terão algumas partes bem engraçadas, fora informativas, nessa entrevista!!! Cá para nós, falar de cocô pode parecer nojento, mas é engraçado também. Pode me chamar de doente, mas eu pelo menos morro de rir com algumas coisas (a mongolóide, rsrs!)!!
Enfim, vamos à entrevista:
Entrevista com um praticante de SCAT
** Boa tarde, muito obrigada pela entrevista! Não me bate, mas eu deixei para almoçar antes dessa entrevista, porque sabe como é, não estou tão evoluída quanto você nessa parte e meu estomagozinho pula de falar nesses assuntos! Porém, como a minha curiosidade é maior do que tudo, bora fazer essa entrevista até o final!!!
** A pergunta que não quer calar: por que cocô? Não podia ser xixi, não? Sei lá, acho polêmico igual, mas pelo menos fede menos, rsrs!! Enfim, como você descobriu esse gosto pela coisa?
Bem, vamos lá. Algumas pessoas, ao longo da vida, passam a gostar de scat por diversas razões. Freud, o pai da psicanálise, diz que esse fetiche se dá em algumas pessoas por não terem tido uma boa transição da fase anal para a sexual ou fálica. Explicando: segundo Freud, a criança tem do 1º ao 3º ano de vida a fase anal, em que o controle dos músculos do reto – esfíncter – é a grande sacada. Quem tem fixação nessa fase, pode desenvolver o gosto pelo scat. Segundo a Wikipedia: “Desse modo, as polaridades entre erotismo/sadismo, expulsão/retenção das fezes são expressas em conflitos relacionados à ambivalência, atividade/passividade, dominação, separação e individuação. Excesso de ordem, parcimônia e obstinação são traços característicos do caráter anal. Ambivalência, desmazelo, teimosia e tendências masoquistas representam conflitos oriundos desse período. Vários aspectos da neurose obsessivo-compulsiva sugerem fixação anal. Nesse estágio, os significados simbólicos de dar e recusar, atribuídos à atividade de defecação, são condensados por Freud na equação: fezes=presente=dinheiro.”
No meu caso, a parte do presente é válida. Mas acho que, em mim, isso é inato, ou seja, de nascença, pois não me recordo de nenhum episódio que tenha ocorrido na minha infância e que tenha feito eu gostar de cocô. Simplesmente descobri, logo quando criança, com 8 ou 9 anos, que adorava bunda, cheiro de bunda e cheiro de cocô. Eram coisas que me excitavam e me deixavam de pipi duro. Na infância, cheguei a cheirar a bunda de um amiguinho e só confirmei que realmente tinha tesão naquilo. Aí, quando fui crescendo, cheguei a pegar, na escola, papéis higiênicos sujos em banheiros e adorava cheirar e lamber. Tesão máximo! E, crescendo mais, obviamente o tesão, junto com a sexualidade, desloca-se para a outra pessoa. E passei a ter uma busca incessante para encontrar uma mulher que gostasse de fornecer o cocô e me deixasse cheirar o cu sujinho, suadinho. Antes que você me pergunte, minha mulher não gosta e não pratica o SCAT. Mas sempre soube do meu fetiche. Logo, cabeça aberta que é (até por isso estamos juntos há mais de 10 anos), sempre permitiu que eu procurasse quem gostasse da prática, para também me realizar e ficar feliz. E antes que pergunte (parte 2), não foi tão difícil eu contar pra ela. Abri o jogo com mais ou menos 3 anos de relacionamento. Achei melhor ser honesto e sincero. Ela disse que respeitava, que não gostava e que permitia que eu procurasse alguém para me realizar nessa parte. Mas que ela seria muito feliz comigo, pois o importante era que estivéssemos juntos. E assim é até hoje. Temos quase 4 anos de casados e quase 10 juntos. Gente, cabeça aberta é isso. É quem ama e não julga, não acha que ninguém é louco por ter um fetiche sexual diferente.

** E chuva amarela, o que você acha?! Gosta? Já fez?
Não gosto de chuva dourada, apenas do tradicional banho marrom mesmo. Até porque, justamente o que espanta muita gente no banho marrom é exatamente o que me atrai: o cheiro. É a coisa que mais me excita.

** Uma pergunta que sempre quis saber desde criança, mas nunca tive coragem para tirar a prova dos 30. Que gosto tem o cocô? rsrs. E nem precisa falar que é gosto de merda, porque isso eu já sei!! Tipo, lembra alguma coisa, comida podre, sei lá? Também dizem que o cheiro da coisa interfere no sabor, logo, será que se comer cocô sem cheirar seria “mais gostoso”? kkkk
As fezes são formadas pela digestão dos alimentos no estômago, passam pelo fígado, recebem substâncias como a bile rubina e bile verdina e, no intestino, terminam de ser processadas. A reunião destas substâncias, normalmente, produz um gosto amargo ao cocô. Mas, dependendo do que se come, já provei até cocô adocicado. Mas, eu prefiro os de tonalidade marrom escura e mais durinhos, pois são os com melhor cheiro e sabor. Não gosto de muito pastoso, nem marrom claro ou amarelado. Diarreia, muito menos. Pois no scat, gosto de cheirar o cocô, lamber e passar no corpo. E esses são ruins para isso (pelo menos para mim). Para que o cocô saia da forma como queremos, também é possível induzir o organismo a produzi-lo. Por exemplo, um cocô mais durinho e marrom escuro pode ser conseguido com a ingestão de massas e muita salada, que é formadora do bolo fecal com as fibras. Logo, alimentem-se bem e suas fezes serão lindas! hehehehe

** As pessoas que tem esse fetiche costumam gostar de fazer como: elas sempre comem, raramente comem? Ou gostam mais do cheiro, enfim?
Cada um tem um gosto. Tem gente que gosta de cocô, xixi, vômito e até tudo misturado, cuspe também. Tem gente que gosta de pegar, tem gente que gosta só de ver a pessoa fazendo, tem gente que só fornece (faz) e tem gente que só recebe (meu caso – receptor). Eu, particularmente, adoro cheirar, lamber e esfregar no corpo. Não gosto de engolir, mas muita gente gosta. Para mim, do jeito que falei é o ideal. Tendo também um cuzinho fedidinho para cheirar ou mesmo peido, é uma delícia. hehehe
Apesar de tudo, tem que ficar bem claro para as pessoas que o scat, para mim, é também um componente sexual. Ele dá tesão, excitação, para, também, fazer o sexo normal com a parceira. Ainda que muitos considerem esse um tipo de sexo sujo. hehehehe

** A propósito, esse negócio de fezes, quando aproximadas da vagina da mulher, podem causar infecções sérias por bactérias. Como é feita a higienização? Se é que tem como! Se não tiver como, nunca aconteceu de uma mulher que você transou ter que tomar antibióticos depois do fetiche?
Sim, a proximidade das fezes com a vagina pode ser perigosa. Assim como a ingestão. Por isso, não engulo. Se engolir, tomo vermífugo, que já ajuda no combate a possíveis doenças. Quanto à saúde da mulher, procuro sempre manter o distanciamento da vagina com as fezes. Por exemplo, gosto de esfregar as fezes no pênis, mas se faço isso, lavo antes de transar com a mulher, desinfeto e, claro, uso camisinha. Esfregar diretamente as fezes no clitóris da mulher não está entre meus fetiches e, também por uma questão de saúde, jamais faria isso. Mas, por via das dúvidas, tomar um vermífugo após uma sessão de scat é sempre recomendável. E, antes que me pergunte (parte 3), para tirar o cheiro depois do scat dou algumas dicas em meu blog. Passar vinagre, leite de colônia ou uma mistura de álcool com cravo da índia são algumas possibilidades.

** Acredito que mesmo assim, tomar vermífugo não seria algo 100% eficaz. Sem contar que, ainda que a pessoa não tenha nenhuma doença de fezes, as próprias fezes em si – mesmo saudáveis – contém vários elementos perigosos que são inerentes a elas. O que você pensa e faz a respeito?
Vi uma entrevista certa vez, no Jô Soares, de um doutor que falou sobre o uso das fezes em tratamentos de saúde. Queria ter achado o link, mas não encontrei. Antigamente, quando a pessoa tinha uma disfunção estomacal, faziam a sopa amarela, que era sopa de cocô saudável. Davam para o sujeito com problemas e ele ficava curado. Ou então, injetavam-se fezes saudáveis no intestino da pessoa para que estas bactérias boas agissem no organismo e curasse a pessoa. Ou seja, o cocô tem bactérias boas e ruins. Se eu fosse pensar nisso racionalmente, jamais gostaria de scat. Nesse caso, o fetiche sempre falou mais alto. Mas, graças a Deus, até hoje nunca fui acometido por nenhuma doença. Basta se higienizar bem após a prática, limpar e desinfetar e, qualquer coisa, tomar um vermífugo. Sou plenamente saudável e espero continuar sendo.

** Interessante, não sabia dessa função terapêutica das fezes! A propósito, há comunidades pelo mundo que comem cocô como parte da cultura deles, não tem?
Não conheço isso exatamente, mas, se havia a sopa amarela, com certeza, deve ter quem faça isso como um traço cultural, assim como beber urina. Para mim, não representa cultura e sim sexo. Mas deve ter sim, quem veja isso como parte de uma cultura.

** Você já pediu calcinha freiada para alguma mulher, só para ficar como brindezinho pelo dia?
Nunca pedi, mas já cheguei a levar o cocô de algumas para casa, num pote, só para me deliciar depois, quando desse vontade. Claro, no mesmo dia, pois a “validade” do cocô é bemmm curta! hehehehe

** Como as mulheres reagem quando você conta sobre esse fetiche?
Bem, essa é a parte mais complicada. Na realidade, nenhum “scater” (nome dado a quem pratica o scat) sai por aí falando a torto e a direito que gosta de cocô. Nem para qualquer mulher. A busca por parceiros(as) se dá em redes sociais e clubes de fetiches. Se bem que até muitos fetichistas têm preconceito com relação ao scat. Bom, depois de (raramente!!!) encontrar parceiras que pareçam ser realmente confiáveis e legais (no sentido de não serem apenas curiosas e sim pessoas que gostam mesmo da prática, que sentem prazer com isso), aí nos vemos na câmera (para assegurar que a pessoa existe de fato) e marcamos um encontro. Então, não se fala para qualquer pessoa que se gosta de scat, mas sim, já nos direcionamos para encontrar pessoas que gostem. Assim, quando há um encontro, já é com esse intuito, com esse propósito e não algo de ocasião. Mas, infelizmente, gente curiosa é o que mais existe. Muita gente séria vem na internet, diz que gosta, marca encontro e, no dia, por medo ou vergonha, some, não vai e te exclui das redes sociais e dos canais de comunicação. Para fazer scat, é preciso AMAR, gostar muito e ter CORAGEM para assumir isso e para efetivamente praticar.

** E você já converteu alguma mulher que disse “meu cocozinho, você jamais verá!” a fazer a prática, ou seja, você já “desvirginou” alguma mulher nesse fetiche? E ela gostou? Como foi? Rsrs
Nunca converti. Não sei se é por falta de habilidade minha ou não, mas quem diz que não gosta, não gosta e ponto. Sempre respeitei isso. E sempre que tentei e levei um não, fiquei na minha. Por isso, sempre vou em busca de pessoas que já gostem disso. Mais fácil para ambos.
Entrevista com um praticante de SCAT
** Uma vez um homem que curte scat disse algo que me chamou atenção. Ele disse que gosta disso porque, entre outras coisas, é o que de mais íntimo há em uma mulher e que isso é excitante. O que você pensa a respeito?
Penso exatamente igual. Fazer cocô é algo que o ser humano faz de modo reservado. As mulheres têm muitos problemas de intestino preso por causa disso. Só sabem fazer cocô no banheiro de casa. No serviço, nem pensar. “E se alguém entra no banheiro depois e sente o cheiro do meu cocô? Puxa, que vergonha”. Nesse aspecto, os homens são bem mais diferentes, não ligam pra isso e fazem suas necessidades em qualquer lugar. Para mulher, fazer cocô de porta aberta então, improvável. Por isso, o cocô realmente é a coisa mais íntima que há numa mulher, inclusive o cheiro dele. Assim como o cú, que também é fetiche de muitos homens (sexo anal). E por quê? Porque o ânus é a única parte do corpo humano que não é visível. Fica escondida no meio das nádegas e você tem de abrí-las para vê-lo. Tudo que fica escondido sempre é mais íntimo. Por isso também a tara de muitos homens pelo sexo anal.

** Desculpe a minha ignorância, mas você consegue sentir algum “perfume” no cocô, ou você sabe que fede mesmo e isso é parte do que te excita?
O único perfume é o fedor mesmo! Hehehehe. O que não sei é o que acontece no meu cérebro, como ele processa a informação de estar recebendo cheiro de cocô e achando isso bom e excitante em vez do perfume. Vai ver, nasci com um parafuso a menos (hahaha). Mas é justamente isso que me excita; saber que você vai sentir o cheiro de uma mulher que ninguém sente (às vezes nem ela mesma – dá descarga rapidinho e pronto!). Saber que é fedido me excita sim, mais!

 ** A propósito, já aconteceu de uma mulher ter acabado de sair do banheiro e ter feito o número dois e você ter ido lá só para ficar cheirando? Rsrs
Ponto para as meninas! Sim, já aconteceu e muito! E ainda hoje, sempre que dá faço isso. E ainda procuro o papel para cheirar o cocô em si. O problema é quando elas limpam e jogam o papel na privada, junto com o cocô. Aí não sobra nada. Mas isso é errado do ponto de vista ambiental e ninguém deve jogar o papel na privada e sim no cesto que existe pra isso, oras!

** E quando você vê aquele cocozão nojento na privada, que todo mundo sente vontade de vomitar, o que você sente?
Prazer. Quando você usa a palavra “nojento” na sua pergunta, você já está colocando um juízo de valor subjetivo. Para você, o cocozão é nojento; para mim é uma delícia. Eu fico imaginando qual foi a bunda que fez aquilo. Que se pudesse, cheirava aquele cu e aquele cocô e lambia eles todinhos.

** Outra pergunta que não quer calar: como você consegue mulheres para fazer isso? Há quem diga que é difícil encontrar, inclusive GPs, que façam essa prática, e quando elas fazem elas cobram mais caro. É verdade?
Como falei, investigo e fuço nas redes sociais. Realmente, é uma raridade achar uma mulher que curta de verdade. Mas já achei sim. Mais de uma. E os contatos guardo às sete chaves para que eu possa sempre permanecer com elas. Com algumas, perdi o contato mesmo, sumiram. Com garota de programa, se procurar direitinho, acha quem faça sim. Mas cobram mesmo mais caro. Eu não curto, pois elas fazem apenas pelo dinheiro e não têm nenhum prazer noscat. Para mim, scat é algo tão íntimo e tão gostoso que tem de dar prazer para mim e para a parceira. O tesão aumenta ainda mais quando vejo na cara da parceira o prazer dela em me dar o cocô e em me sentir cheirando seu cú.

** Agora que você disse que faz questão de procurar mulheres comuns e que amem esse fetiche tanto quanto você, me diga uma coisa com sinceridade. Você já pensou em se separar da sua mulher para viver com uma dessas que te fazem viver esse seu fetiche em plenitude? Para ficar o dia inteiro trocando bosta, rsrs.
Olha, claro que já pensei. Mas viver com uma pessoa não significa apenas a parte sexual. Claro que isso tem uma porcentagem importante no casamento. Mas também é preciso que os perfis se combinem, que os “gênios” batam. O sexo é uma das partes. Se eu encontrasse uma mulher que gostasse de scat e ainda tivesse traços de personalidade em comum com os meus, aí realmente eu avaliaria com seriedade. Mas, como até hoje nunca encontrei alguém assim, não posso falar somente por hipótese. Se acontecer um dia, eu te procuro e te conto. ;) 

** E quando a mulher topa fazer, como fica? Ela tem que ficar um tempo lá se concentrando e você fica embaixo, ou como é?!  Sei lá, até sozinho a gente precisa de concentração, quem dirá acompanhado com alguém tirando a nossa concentração, rsrs.
Algumas têm mais dificuldade de cagar na cara ou na boca de alguém. Outras já são mais fáceis. Isso varia de pessoa para pessoa. E não se deve pressionar ninguém. Tem que esperar o tempo certo. As que têm muita dificuldade, pedem para eu enfiar o dedo no cuzinho e tirar com a mão. Mas, de modo geral, elas fazem em minha boca, agachadas sobre meu rosto. Como eu também amo cheirar cu, quando cheiro, estimulo a pessoa que acaba até ficando mais relaxada.

** Qual é a importância desse fetiche na sua vida?
É extremamente importante. Diria até fundamental, porém, como sou casado com uma mulher que não gosta, realizar isso de tempos em tempos é preciso, senão a gente não aguenta. Penso nisso todo dia, quase o tempo todo. E como é raro achar mulher que goste mesmo, gera uma tensão e uma angústia às vezes. Então, você tem de pegar essa energia e canalizá-la para outra coisa. Como eu trabalho muito, jogo tudo no trabalho e dá certo. No fim do dia, estou tão exausto que quero só ver minha cama e capotar.

** Você poderia falar mais sobre comunidades específicas para a galera que curte SCAT? Se sim, você indicaria lá como um lugar para encontrar relacionamentos sérios?
Existem algumas coisas a respeito no Facebook e um site para fetichistas que se chama Fetlife. Esse site é mais sério, pois há pessoas do mundo todo que se unem para encontrar praticantes dos mais variados fetiches. Como é internacional, tem mais credibilidade. Já o Facebook tem pouca coisa e nada muito sério. Até pela política do site que não permite coisas assim muito claras sobre pornografia, quem dirá scat. Então, por aqui, é difícil achar relacionamento sério. Algumas vezes, costumo abrir uma sala no bate-papo do UOL com o nome de “Scat, cocô, peido”. Também tem muito curioso. Se peneirar bem, um ou outro contato vale a pena. Mas é um em cada mil. Enquanto as pessoas não abrirem suas mentes e se livrarem de tabus, sempre será difícil achar relacionamentos sérios para essa prática na internet.

** Teria mais alguma coisa polêmica que você curte fora esse fetiche? Eu não acho que tenha relação, mas tem gente que pensa que esse fetiche tem relação com vômito, cuspe, e outras coisas que a sociedade considera nojentas. Ou tem relação e eu não sei?
Não tem relação, não. Tem gente que gosta, mas eu não associo o scat a nada disso. Gosto apenas de cú, peido e cocô. E nada mais. E acho que já tá de bom tamanho né! hehehehehe

** Por fim, você teria alguma dica para dar para quem gosta da prática e tem vergonha de assumir, e até mesmo de realizar esse fetiche?
A primeira coisa é a pessoa assumir pra ela mesma que gosta. Se marcou um encontro, tome coragem e vá. Experimente. Se assuma como você é. E goste de você mesmo. Isso é o mais importante. Nós temos de gostar de nós mesmos em primeiro lugar, antes de querer que outras pessoas gostem da gente. Outra coisa: SE BASTEM! Tem muita gente que é carente, precisa sempre de alguém ou estar com alguém. Esse é um erro grave da sociedade em geral. Aprenda a viver e a estar sozinho. Aprenda a não depender do amor de ninguém. SE BASTE! Isso ajuda muito quando você começa a se questionar sobre namoro, casamento, etc. E quem gosta da prática, que tome consciência para assumi-la para você mesmo. Fora isso, ninguém vai ficar falando por aí que curte um cocô. Só se perguntarem e mais para pessoas que já saibam do assunto em encontros.

** Mais alguma consideração final?
Sim. Quero aproveitar o espaço e deixar meus contatos. Para quem quiser saber mais sobre a prática, acesse meu blog http://scatsexo.blogspot.com. Não é sempre que consigo atualizar, mas já tem um material bacana para quem curte dar uma olhada. Também quero deixar meu Skype amocheirarmerda@hotmail.com para quem quiser entrar em contato comigo. Desde encontros até tirar dúvidas ou mesmo papear.
Para quem for sério mesmo, revelo minhas identidades verdadeiras. Mas isso só com o tempo que a gente amadurece nas conversas via Skype. E para finalizar, quero dizer que ainda vou realizar, um dia, o sonho de abrir um clube só descat, assim como existem clubes fetichistas em São Paulo. Um dia, erguerei o Scat Club Brasil! Quem viver, verá! Hehehehe. E, para terminar, quero dizer que possuo uma coleção de vídeos de scat, com mais de 5 mil itens e que, quem quiser conhecer, podemos marcar um encontro também.

** Muito obrigada pela entrevista e me desculpe minhas perguntas idiotas, mas é porque não tinha como não perguntar, se não iria morrer de curiosidade!! rsrsQuero agradecer o espaço dado por um blog tão bacana como o seu para esclarecimentos acerca da prática do scat. Muita gente tem dúvida e tem vergonha de perguntar. Então este espaço é fundamental para esclarecimentos e, claro, para a divulgação do tema. Obrigado! 

segunda-feira, 14 de abril de 2014

O cérebro e a intimidade são os grandes responsáveis por uma pessoa gostar de scat

Vamos lá, amigo leitor, a mais um texto sobre a psicologia do scat. Um dos motivos para que uma pessoa ame o scat é a intimidade que a prática traz. Muitas vezes, algumas até inconscientes (ou subconscientes), a pessoa que pratica o scat quer mesmo é o contato com a intimidade máxima da pessoa.

E isso se dá por meio do cocô, já que, geralmente, quando vamos defecar, fazemos isso reservadamente. Ou seja, ninguém sente o cheiro e ninguém vê. É o que tem de mais íntimo num ser humano. Muitos, aliás, ainda sentem vergonha de fazer cocô, geralmente as mulheres. Por isso até várias delas apresentam problemas de prisão intestinal. A vergonha de ir ao banheiro é tanta que seguram e fazem com que o intestino fique preguiçoso, podendo causar dores nas costas e até doenças mais graves.

É por querer esta intimidade máxima, algo que ninguém vê, ninguém toca e ninguém cheira, que gostamos do scat. Outra coisa que nos faz amar o scat é nosso cérebro. Explico. De alguma maneira, todos os praticantes de scat gostam do cheiro do cocô. Isso porque é impossível praticar scat sem sentir o cheiro. E por que gostamos do cheiro do scat?

O olfato, um dos cinco sentidos do homem, funciona da seguinte maneira. O ar leva  traz até nosso nariz moléculas voláteis das coisas que cheiramos, ou seja, moléculas que se desprendem do pão, de uma flor, de uma cebola ou de uma fruta e flutuam no ar até o nariz da gente. Essas moléculas são chamadas odorantes.

Detalhe importante: tudo o que existe é formado por moléculas, mas nem tudo contém essas moléculas que se soltam e levam um aroma qualquer a ser percebido pelo nosso olfato. Um pedaço de metal como o aço, por exemplo, não tem cheiro, porque nada evapora a partir dele. O aço, então, é um sólido não volátil.

Pois bem, quando entram em nosso nariz, as terminações nervosas recebem estes estímulos (sensações) que são levados até o cérebro por terminações nervosas. No cérebro, estes estímulos são traduzidos e ele identifica o cheiro como bom ou ruim.

Algumas coisas não têm cheiro, outras se destacam pelo bom aroma e outras pelo cheiro ruim, que indicam ao cérebro que algo não está bem no que estamos cheirando. O nariz funciona como um sensor para nos proteger de eventuais perigos. O cheiro de fumaça, por exemplo, é o primeiro sinal que sugere a proximidade de um incêndio. O cheiro de enxofre exalado por um ovo indica que ele está podre, logo não deve ser comido.

Pois bem. A maioria das pessoas processa no cérebro que o cheiro do cocô é ruim. Justamente porque seria aquilo que nosso organismo não usou dos alimentos e nem vai usar mais. Ou seja, não serve para ser ingerido novamente.

Porém, nós, amantes do scat, temos algo em nosso cérebro (não se sabe o quê) que, ao cheirar cocô, processa esse cheiro como bom, excitante e despertam sensações interessantes como o tesão, a libido ou mesmo a vontade de comer o cocô. E, graças a isso, somos doidos por scat. Logo, a intimidade e nosso cérebro são os grandes "culpados" por gostarmos desse fetiche que eu, particularmente, considero o melhor do mundo. Viva o scat! Um abraço e um cheiro no cu!

E não se esqueçam de manter contato.

Skype: amocheirarmerda@hotmail.com