segunda-feira, 6 de outubro de 2014

Entrevista completa sobre scat que dei ao site Xplastic

Amigos, como disse que faria, hoje vou postar aqui a entrevista completa que concedi à jornalista Natasha Vilarino, no portal Xplastic. Na reportagem sobre scat, participei com algumas declarações. Porém, foram várias perguntas respondidas, cujo conteúdo, por razões de espaço, não entraram na íntegra. Publico aqui para que vejam minhas respostas às questões. Para cada pergunta e resposta, coloquei uma foto.

A reportagem está no link: http://xplastic.xpg.uol.com.br/o-que-pensam-aqueles-que-tem-tesao-por-merda/

Um abraço e um cheiro no cu. Meu Skype: amocheirarmerda@hotmail.com


1) Qual a primeira lembrança, talvez ainda na infância ou adolescência, que você tem de gostar de scat? Como você se sentiu diante do fato de que a sociedade considera isso nojento e errado?

R: Bem, como disse numa outra entrevista, são vários fatores que podem levar alguém a gostar de scat. Alguns gostam de se sentir humilhados, outros gostam de comer, outros gostam do cheiro e ainda há os que considerem o scat a coisa mais íntima que uma pessoa pode receber de outra já que, via de regra, costumamos fazer cocô reservadamente, sem que ninguém veja. Na verdade, até o ânus é uma parte escondida do corpo. Não se vê a olho nu. É preciso que, pelo menos, as nádegas da pessoa sejam abertas para que possa ser visto. Ou seja, a intimidade é algo relevante nisso. O "escondido", o "proibido" talvez aumentem essa sensação de intimidade. Freud, pai da psicanálise, diz que, nesse caso, o cocô seria uma espécie de presente. Algo que a pessoa oferta à outra. Muito íntimo, já que sai de dentro dela. Já o Marquês de Sade diz que o proibido, a quebra de regras, a afronta às normalidades e ao que a sociedade considera correto também excita mais nesse caso. Ainda assim, defendo a tese de que, mesmo que seja necessário acontecer algo na infância ou adolescência ou mesmo na fase adulta de uma pessoa para que ela goste de scat, quem gosta disso, nasce com esse gosto. Eu, por exemplo, não me lembro de nenhum episódio que tenha feito com que gostasse de scat. Desde que me conheço por gente, sinto tesão nisso. Desde criança mesmo, com 7 ou 8 anos. Nessa idade, inclusive, cheguei a cheirar a bunda de um amiguinho meu para ver se gostava e só confirmei que adorava cheiro de cu e de cocô. Esta é a primeira lembrança, sem dúvida.

Quanto ao meu sentimento com relação à sociedade achar isso nojento, tenho, também uma filosofia importante. O problema não é as pessoas terem nojo de scat. Isso é normal. cada um tem um gosto e ninguém é obrigado a gostar do que a outra pessoa gosta. tem gente que adora cuspe, chulé, vômito. Eu detesto. Também tenho nojo. Então o problema não é o de não gostar da prática e sim julgar os praticantes. Eu não acho que quem goste de vômito, cuspe e chulé seja louco, por exemplo. Esse julgamento é que não pode ter. Achar que o scater é um débil mental, doente, fora dos padrões. Eu sou extremamente normal, me considero inteligente, sou jornalista, aoareço em TV, escrevo textos, saio com amigos para tomar uma cerveja, gosto de cinema, pizza, vinho, etc. E gostar de scat não faz de mim um sujeito maluco, de internar em clínica, colocar camisa de força. Então, a repulsa com relação à prática eu vejo com naturalidade. O que me entristece é o julgamento que as pessoas fazem de quem pratica. Além da tristeza, sinto-me impotente, pois queria ter alguma ferramenta para mudar isso, fundar um clube, ter um apoio melhor, incluir os scateiros na sociedade de modo natural, sem julgamentos. É isso que tento com meu blog (http://scatsexo.blogspot.com) e também concedendo estas entrevistas, para que as pessoas leiam e saibam que somos normais, apenas temos um fetiche particular. Mas mudar essa mentalidade é algo muito complicado e ainda distante. Mas, aos poucos, acredito que as coisas possam mudar. Tudo evolui. É preciso acreditar que as mentes conservadoras também podem se abrir a novas ideias e eliminar tabus.

2) Como e quando foi sua primeira experiência com uma parceira?

R: Pesquiso o assunto há 12 anos. Hoje tenho 34. Com pouco mais de 25, fiz pela primeira vez com uma garota de programa. Como receptor, eu gosto só de receber o cocô. Ela fez em mim. Foi pouco. O cu, como ela tem que lavar para os clientes, não estava fedido como eu gosto. Não curti. Foi visível que ela fez por dinheiro e scat tem de ser feito por prazer. Ou se gosta ou não. Se não gosta, não faça. Fica artificial, nada íntimo.


3) Atualmente, quem sabe que você é scater? Já cogitou se "assumir" para família e amigos?

R: Procuro pessoas na internet com interesses comuns. Logo, alguns amigos virtuais sabem que sou scater. Uma amiga do interior de SP com quem fiz scat também sabe, obviamente e uma da capital, com quem também fiz e perdi o contato. Minha esposa também sabe, mas como a próxima pergunta sobre ela, vou responder em seguida. Nunca cogitei me assumir para a família. Meus pais já são idosos e meus irmãos todos mais velhos. São de gerações mais antigas. São muito conservadores, como a maior parte da sociedade pseudo-moralista. Para alguns amigos que entendo que são mais mentes abertas, até assumiria, desde que perguntassem e eu sentisse antes a receptividade deles com relação a isso. Com alguns já conversei a respeito em rodas de conversa, sobre fetiches e mencionei esse. Quando fizeram cara de muito nojo e falaram que quem faz isso é maluco, nem contei. Não sou de ferro e necessito de círculos sociais para viver em harmonia. Porém, deu vontade de falar sobre o falso moralismo e a mania de julgar das pessoas.


4) Você é casado? Já pensou em propor a prática de scat à sua atual companheira? Como foi?

R: Sou casado há 4 anos. Sem filhos. Ela sabia desde que namorávamos. Nunca quis fazer. Ela acha que é uma humilhação pra ela, mesmo que quem receba sou eu. No entanto, sempre permitiu também que eu procurasse e fosse atrás de quem pratica e quem possa fazer comigo, já que ela não faz. Somos felizes assim. É difícil às vezes, confesso. Hoje, o amor fala mais alto. Mas não sei se resiste para sempre. Dá muita vontade de ter uma companheira que faça. Mas também, é muito difícil achar uma mulher assim. Se achasse, aí seria complicado... hehehe.


5) Você gosta apenas de mulheres, certo? Já sentiu algum tesão por merda/peido/cu de homem, tem nojo ou é indiferente para você?

R: Sou hétero. Mas encontrar mulheres que realmente curtam fornecer scat é muito, muitooooo difícil. Vejo o scat como um elemento do sexo. Ele excita ainda mais também para que possa fazer na mulher um sexo oral e o sexo convencional. Diante da escassez de mulheres (ou da dificuldade de encontrá-las), fiz apenas uma vez com homem e uma com travesti. Com homem foi um cara do Rio de Janeiro que estava aqui em SP. Ele tinha a bunda bem carnuda e depilada. Ele se ofereceu. Insistiu tanto que aceitei. Ele disse que só queria me dar cocô e queria q cheirasse o cu dele. E foi o que fizemos. Cheirei o cu que ele deixou fedido meio sem limpar. Depois ele cagou na minha boca uma merda dura e marrom escuro. Gosto dessas. Eu lambi, cheirei e me masturbei. Gozei e foi isso. Com travesti, se for bonita, bem parecida com mulher, até que vai. Bunda lisinha, cu lisinho. Mas, mesmo assim, não dá o mesmo tesão que dá cheirar o cu e receber o cocô de uma mulher. Ou seja, merda, peido ou cu de homem não me dá nojo. Nem tesão. Simplesmente é indiferente.





6) Já pensou em estar ou já esteve do outro lado, ou seja, sendo fornecedor? A ideia te excita?

R: Já pensei e a ideia não me excita em nada. Muito homem vem na internet e pergunta se forneço. Não forneço, não me vejo nessa situação, não curto e a simples ideia de fornecer me brocha. Não tenho tesão nisso. Cada um tem um perfil e um gosto. Realmente, sou apenas receptor. Tem quem seja só fornecedor. E tem quem goste dos dois: dar e receber. Eu só recebo.


7) Muitas pessoas associam a recepção de scat a aspectos da submissão do BDSM, com você é assim? Por exemplo, você se sente humilhado ou dominado quando uma mulher defeca em você?

R: Não e não gosto de ser dominado nem humilhado. Como disse anteriormente, para mim, scat é um elemento de excitação sexual. De tesão. Logo, gosto que seja feito com carinho, como um presente mesmo, como uma prova máxima de intimidade e não como uma subjugação de alguém com relação a mim. Eu gosto de comandar as ações. O homem costuma ser "ativo" na relação hétero. É assim que sou. Gosto de receber com carinho, com palavras safadas, escatológicas, como a pessoa me perguntar se tá gostoso, se tá fedido como eu imaginava, se o cheiro tá me excitando. Mas com carinho. Nada de orbigações, humilhações, amarras, algemas, chicotes, correntes, ficar de 4 que nem cachorro, nada disso. Porém, há quem goste disso para se sentir assim mesmo, como você descreveu na pergunta. Não é meu caso. Para mim, scat é prova de máxima intimidade. E só!


8) Conte brevemente qual foi a experiência mais perfeita que você já teve com scat. Se ainda não teve, como ela seria?

R: Dentre as que tive, com essa amiga do interior foi a melhor. Ela deixou o cu sem lavar uns 2 ou 3 dias. O cheiro estava uma delícia, como eu gosto. Ela não conseguiu fazer cocô diretamente em minha boca. Porém, enfiei o dedo no cu dela várias vezes e peguei o cocô que estava na "portinha". Recebi peido também. Adorei. Cheirei o cocô, lambi, esfreguei no pau, na cara, no nariz. Engoli até um pedacinho. Foi ótimo.


9) Há elementos na aparência ou na personalidade de uma mulher que te deixam com vontade de receber scat dela?

R: Os mesmos aspectos que qualquer homem vê quando quer transar com uma mulher. Olha se é bonita, gostosa, se sabe conversar, etc. Eu olho muito a bunda. Para alguém que gosta de scat, nada como receber de uma bunda bonita, grande, redondinha, carnuda, toda em cima, no lugar, lisinha. Morena ou branquinha, tanto faz. Mas tem que ser formosa. Isso na aparência física. Mas no scat, tambpem queremos que a mulher fique sem lavar o cu para que ele fique com cheiro gostoso. De cu fedido mesmo. Sem isso, o scat também fica xoxo. Outro aspecto: mulher inteligente e safada me excita normalmente. Então, receber o scat de uma mulher bonita, inteligente, safada, gostosa e bunduda deve ser a coisa mais maravilhosa do planeta.


10) Você já sofreu preconceito ou ouviu coisas maldosas por gostar de scat? Como você se defende disso?

R: Bom, não costumo sair aos quatro ventos contando a todo mundo que gosto de scat. As pessoas que sabem são poquíssimas. Até por isso, eu não sofro diretamente esse preconceito. Porém, a entrevista que dei a um outro site foi um termômetro sobre este assunto. Recebeu mais de 50 comentários e pouquíssimos positivos com relação à prática. Muita gente sente nojo. Até aí, já disse, tudo bem. O problema são os que nos julgam e chamam de doentes, débeis mentais. Me defendo sempre tentando divulgar minha rotina, o que faço, meus hábitos para as pessoas verem que sou como elas. Apenas tenho um fetiche, um gosto particular, que pode até causar estranheza, mas é meu gosto. E com gosto não se discute. Se aceita a pessoa como ela é. Com sua mentalidade e sua maneira de agir e gostar das coisas.



11) Você disse que prefere não engolir. Mas mesmo mastigando ou tocando, há riscos? Como você se previne desses riscos?

R: Sempre há riscos. O cocô tem bactérias. Mas, algumas são até saudáveis. De qualquer forma, qualquer ingestão, por menor que seja, deve sempre vir acompanhada de cuidados. Em geral, a higiene básica ajuda bastante. Lavar bem as mãos e o pênis depois, escovar os dentes, são coisas mais do que necessárias. Para uma melhor higiene, é fundamental passar álcool nas partes que entraram em contato com o cocô, principalmente as mãos que tocam a comida e a levam à boca, às vezes. Leite de colônia e álcool com cravo tambpem ajudam a tirar um cheiro mais residual. E, para quem engole bastante, tomar vermífugo antes e depois da prática é algo que ajuda a combater possíveis doenças. Ainda assim, algumas podem ser contraídas, como hepatite, que, nessa prática, é a mais perigosa.


Por último, uma dúvida: estou procurando por scat no Fetlife, mas não encontro nenhuma comunidade brasileira. Você sabe se existe? Que outras comunidades, pode ser de qualquer rede social, você me indicaria?

R: Antes de responder essa pergunta, quero aproveitar o espaço e deixar meus contatos. Para quem quiser saber mais sobre a prática, acesse meu blog http://scatsexo.blogspot.com. Não é sempre que consigo atualizar, mas já tem um material bacana para quem curte dar uma olhada. Também quero deixar meu Skype amocheirarmerda@hotmail.com para quem quiser entrar em contato comigo. Desde encontros até tirar dúvidas ou mesmo papear.

Para quem for sério mesmo, revelo minhas identidades verdadeiras. Mas isso só com o tempo. A gente amadurece nas conversas via Skype. E para finalizar, quero dizer que ainda vou realizar, um dia, o sonho de abrir um clube só de scat, assim como existem clubes fetichistas em São Paulo. Um dia, erguerei o Scat Club Brasil! Aguarde! hehehe

E, para terminar, quero dizer que possuo uma coleção de vídeos de scat, com mais de 5 mil itens e que, quem quiser conhecer, podemos marcar um encontro também. Quero agradecer o espaço dado para esclarecimentos acerca da prática do scat. Muita gente tem dúvida e tem vergonha de perguntar. Então este espaço é fundamental para esclarecimentos e, claro, para a divulgação do tema. Obrigado!

Com relação ao Fetlife, é mais uma rede social internacional mesmo. Pouca gente conhece, principalmente do Brasil. Existem alguns grupos no Facebook, no qual mantenho também um perfil: https://www.facebook.com/leon.scat

Mas são coisas pouco sérias ou também comandadas por estrangeiros. Nada que reúna um grupo bacana, brasileiro, forte, feito realmente por amantes de scat, para disseminar a prática. Como todo mundo (e eu me incluo) tem receio de assumir publicamente o gosto pelo scat (eu assumo sempre que me perguntam - quase ninguém pergunta, por isso quase ninguém sabe), é mais difícil fundar grupos e clubes, pois isso exige comprometimento, seriedade, respeito pelo tema e, até certo ponto, que se assumam as reais identidades. E não é todo mundo que faz isso. Espero ter ajudado e contribuído para a evolução das mentes das pessoas. Obrigado!


6 comentários:

  1. Honestíssimo! Parabéns
    ps.:realmente as figuras me deram nojo... rs

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  2. Ele é integro! O melhor amigo. Branquelo Sulfite q adoro. Bia

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  3. Eu adoraria fazer um scat com mulheres é o meu fetch eu gostaria de fazer um filme com scat com mulheres meu email Solforte0@Gmail

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    Respostas
    1. E ver o meu picao todinho dentro de um cuzinho cheio de bosta de uma mulher só mulheres ok

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    2. E ver o meu picao todinho dentro de um cuzinho cheio de bosta de uma mulher só mulheres ok

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  4. Eu acompanho o blog desde que vi a entrevista no blog 'Pergunte a uma mulher', e desde então nutro um respeito e uma admiração imensos pelo Leo. Eu sou homem, bissexual, e apenas curto ver o Scat acontecendo (além de ter outros prazeres além do Scat), e o que Leo disse me ajudou a ver esse mundo com outros olhos, fazendo o tabu que existia em mim mesmo ser quebrado.
    Essa entrevista conseguiu ser melhor que a outra.
    Obrigado Leo.

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