domingo, 22 de fevereiro de 2015

A psicologia da sexualidade: um olhar sobre o filme "Ninfomaníaca"



Amigo leitor. O post de hoje é longo e profundo, mas vale a pena. Recentemente, assisti a um filme que traduz bem a angústia de uma pessoa que nasce com a sexualidade proibida, ou que é pouco aceita pela sociedade, como uma árvore retorcida que luta contra sua própria natureza.

Todas essas imagens são extraídas do filme. No Volume I, o diretor apenas apresenta a personagem Joe, uma ninfomaníaca. E retrata sua formação. Já no Volume II, a parte psicológica fica mais evidente.


Joe descobriu sua vagina com 2 anos, teve um orgamso espontâneo aos 12 e tornou-se uma viciada em sexo sem, no entanto, sentir prazer ou sentir-se satisfeita. De acordo com uma crítica da internet, "Joe busca a realização na irracionalidade do desejo (que se reinicia após ser satisfeito). Seu maior problema talvez, de fato, resida na não aceitação, pela sociedade, de sua busca ou, até mesmo, na incompreensão de sua sexualidade dentro de uma lógica falocêntrica. Impossível de ser satisfeita em um mundo que não a aceita, nem lhe oferece os meios para sua auto-aceitação, auto-conhecimento e auto-satisfação."

Ou seja, Joe nasce com uma sexualidade tida como proibida ou não aceita socialmente. Assim como o scat. No filme, quando mais velha, seu trabalho é "cobrar" dívidas em nome de um agiota. E, para isso, tortura algumas pessoas até pagarem.

Numa dessas cobranças, ela conhece um pedófilo. E só descobre o segredo dele ao contar uma história e ver sua excitação. Antes, ela tinha tentado todos os fetiches e ele não se excitou. Ela não dialoga diretamente com ele, mas sim, com um confidente, já que a narrativa é ela contando sua história de vida para um intelectual. Reproduzo aqui o diálogo dela com o confidente, Seligman, para poder comentar melhor depois.

Joe (sobre o pedófilo): "Ninguém sabia o segredo dele. Provavelmente, nem ele mesmo. Ele era um homem que tinha conseguido recalcar o próprio desejo, que antes nunca tinha cedido a ele, até que eu o forcei. Ele viveu em negação e nunca havia machucado uma alma. Acho que isso é louvável."

Seligman: "Por mais que eu tente, não consigo encontrar nada louvável na pedofilia."

Joe: "Deve ser porque você pensa em talvez 5% que de fato machucam as crianças. O restante, 95%, nunca vivem as fantasias deles. Pense no sofrimento deles. Sexualidade é a maior força do ser humano. Deve ser angustiante nascer com uma sexualidade proibida. O pedófilo que consegue passar pela vida com a vergonha do próprio desejo, sem nunca agir sobre ele, merece uma maldita medalha. Eu vi um homem que carregava a mesma cruz que eu. A solidão. Ambos éramos rejeitados sexuais."



As frases retratam exatamente o que um scater de nascença sente. O scater que vem de berço, que nasce com essa sexualidade "proibida", vive na angústia. Nesse caso, não é totalmente proibida como a pedofilia, pois esta se trata de crime. O scat não é proibido, mas é execrado pela sociedade.

A angústia é praticamente a mesma. E só 5% conseguem se entregar aos seus desejos e achar pessoas que contribuam para a realização deles. Os 95% restantes não realizam e têm vergonha de admitir que gostam de scat. Seja para parceiros(as), seja para cônjuge ou até mesmo para um amigo íntimo.


É uma vida de negação. De angústia eterna. Justamente com a sexualidade que, de fato, é a maior força do ser humano. Muitos passam pela vida com a vergonha do próprio desejo. Nunca agem sobre ele. Imagine quão reprimido isso é! Uma pessoa assim merece uma medalha, sem dúvida.

E muitos scaters, justamente por isso, também sentem-se sós. E percebem-se como rejeitados sexuais, assim como Joe, a ninfomaníaca e o pedófilo do filme. Só quem tem uma sexualidade diferente, pouco aceita pelos padrões "normais" da sociedade, entende a profundidade que o diretor dinamarquês Lars von Trier empregou nesta obra-prima.

Só quem tem isso que temos, quem sente isso que sentimos, vai entender e se identificar com Ninfomaníaca. É profundo. psicologicamente genial. Explica muito sobre nossa sexualidade. Sobre a sexualidade diferente que temos, como a árvore retorcida do filme que significa nossa alma. Aos amigos que costumam ler este blog, recomendo que assistam. Ambos os volumes, I e II. É um filme europeu. Logo, denso, mais parado.



Mas, depois do que vi, meu conceito mudou. Não posso mais chamar o que tenho de fetiche. Pelo contrário. Scat é minha vida, é minha sexualidade. Nasceu comigo. Está em minha alma. Fetiche é um gosto, uma fantasia. Sexualidade é o que temos dentro de nós, desde que nascemos. Está em nosso DNA. Não existe NADA, absolutamente NADA nesta vida que eu goste mais do que scat.

Ao participar de um grupo de viciadas em sexo, como fazem os alcóolicos anônimos, Joe diz: "Eu sou ninfomaníaca. E amo ser assim." Exatamente como eu, um scater. Sou scater e AMO ser assim. Assistam ao filme e entenderão.

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quarta-feira, 11 de fevereiro de 2015

Cocô pode ajudar a tratar doenças


Olá, amigos! Hoje não serei eu o autor do post em meu blog. Vou reproduzir uma reportagem divulgada no site G1, sobre cocô. Veja como muitos mitos sobre scat e merda podem cair com a palavra positiva da medicina. Acompanhe o texto.

RIO — Nos EUA, é comum as pessoas receberem pagamento por doações de sangue, plasma, óvulos, sêmen... E por que não, cocô? A organização sem fins lucrativos OpenBiome oferece até US$ 13 mil, cerca de R$ 35 mil, para quem doar fezes que serão usadas para o tratamento de pacientes com infecção causada pela bactéria Clostridium difficile, que causa graves problemas gastrointestinais e, por vezes, é resistente a antibióticos.

Nesses casos, a administração de fezes saudáveis processadas no estômago do paciente — via endoscopia, tubos nasais ou cápsulas — é o tratamento indicado, mas não é fácil encontrar doadores. Para solucionar o problema, a OpenBiome foi fundada em 2013 e, desde então, já entregou cerca de 2 mil tratamentos em 185 hospitais americanos.

Para incentivar a doação, a organização paga US$ 40 por cada amostra de fezes saudáveis, com um bônus de US$ 50 caso o doador se apresente por cinco dias consecutivos. Com isso, é possível conseguir US$ 250 (R$ 677) por semana, que somam US$ 13 mil por ano.

Mas não é tão simples se enquadrar como doador. Não basta ser saudável, é preciso ser extremamente saudável. O procedimento de coleta é simples, semelhante ao realizado para exames, mas o processo de seleção é minucioso. Dos cerca de mil voluntários que já se apresentaram, apenas 4% foram aprovados no extenso questionário médico e análise do material.

— É mais difícil se tornar um doador do que entrar no MIT — brincou Mark Smith, cofundador da OpenBiome, em entrevista ao “Washington Post”.

Smith diz que os poucos doadores selecionados se apresentam, em média, três ou quatro dias por semana. Cada amostra coletada pode tratar três ou quatro pacientes.

— Todo mundo acha muito bom que eles estão ganhando dinheiro fazendo algo tão simples — disse Carolyn Edelstein, cofundadora da organização. — Mas eles também adoram ouvir de nós: “olha, o seu cocô ajudou esta senhora que estava doente há nove anos.

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quarta-feira, 4 de fevereiro de 2015

O xixi (ou mijo) também faz parte do scat?


 Sim, faz. Na verdade, há quem separe xixi e cocô mais por causa dos termos. A rigor, quem curte apenas xixi, gosta de piss ou pissing. E quem gosta só de cocô curte mesmo o scat (termo que vem do inglês scatology - escatologia). Shitting e coprofilia também são termos conhecidos.

Considero o envolvimento com excrementos, de modo geral, como escatologia. Logo, para mim, o mijo faz parte do scat. Porém, como disse, há quem separe. Há quem goste só de um ou de outro. Há quem curta ambos.

Quem curte mijo, curte beber, jogar no corpo, reter na boca e beijar o parceiro. Diferentemente do cocô, por ser considerada estéril, a urina não transmite doenças nem carrega vermes. Ou seja, pode ser ingerida sem problemas, como um copo de Guaraná.

O piss tem menos preconceito do que o scat. Não sei exatamente o motivo, mas parece que a urina é mais bem aceita pela sociedade. Talvez pelo cheiro ser menos forte e por, até algumas vezes, ser feita no banheiro, na frente do parceiro, parceira ou cônjuge, sem tantos problemas.

Paciência. Enfim, goste você de xixi, de cocô ou dos dois, divirta-se, pois a vida é muito curta para a gente não aproveitá-la. Por hoje é isso! Um cheiro no cu! E entrem em contato comigo pelo skype: amocheirarmerda@hotmail.com.